quarta-feira, 13 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Origem do Nome Rastafari

Um Jamaicano de nome Marcus Garvey, descendente de Maroons (um quilombo bem sucedido, formado por escravos fugitivos que resistiram durante mais de 80 anos ao exército Inglês e tornaram-se independentes do governo colonial), se tornou famoso como líder do movimento negro nos EUA e na Jamaica no inicio do século e protagonizou um dos capítulos mais decisivos da história dos rastafari.

Marcus Garvey criou: a "Universal Negro Improvement Association", o jornal "Negro World" e a companhia "Black Star Line" ( esta última  tinha como objetivo viabilizar o retorno dos negros ao continente Africano), além de ter influenciado também os movimentos que libertaram a África do dominio colonial Europeu.

Ganhou fama de profeta, pois as suas ideias tinham como adeptos os líderes religiosos da Jamaica. Numa das suas últimas profecias, previa-se que um Rei Negro seria o líder que conduziria os negros do mundo inteiro à redenção. Quando, em 1930, Ras Tafari Makonnen foi proclamado Rei da Etiópia, adotando o nome de Haile Selassie I, "Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Sua Majestade Imperial, Leão Conquistador da Tribo de Judah, Eleito de Deus", os líderes religiosos da Jamaica reconheceram nele o Rei Negro, de quem o profeta havia falado.

Desde então, os pregadores adotaram o nome de Rastafari, e passaram a dirigir as suas preces e a depositar as suas esperanças em Haile Selassie I.

Para os Rastafari, além do que se relaciona com a profecia de Marcus Garvey, o Imperador Haile Selassie I é o Messias profetizado na Bíblia, visto que é um descendente direto de David, vindo da linha de Reis Etiopes que se estendia desde os tempos do Rei Salomão e da Raínha Sheba. Ele é a raíz de David.

Os Rastafari acreditam que Haile Selassie I é um Deus vivo para a raça negra, era o Imperador negro da Etiópia. Eles dizem que as escrituras o profetizaram como aquele que "tem o cabelo como lã e os pés como bronze", e acreditavam também que Selassie era o Jesus de que o Cristianismo falava, e que o homem branco sempre distorceu os fatos para que não acreditassem que Jesus era negro.

Selassie não era um rastafari. Ninguém faz ideia do que ele pensava do assunto. Por isso, é irônico o fato de que, quando um grupo de rastas da Jamaica foi à Etiópia para honrá-lo, um oficial do palácio lhes disse para se retirarem, pois poderiam incomodar o Rei, visto que este era devoto do cristianismo. Em vez de discutirem ou questionarem a respeito, os rastas acreditaram, e acreditam ainda, que pelo fato de o aclamarem Rei, não significava que este soubesse que o era.

Quando Haile Selassie I faleceu, em 27 de agosto de 1975, muitos rastas não acreditaram (pensavam que era um truque da midia para derrubar a sua moral), pois para eles os verdadeiros rastas eram imortais. Para compensar a sua morte, eles acreditavam que os seus átomos se espalharam pelo mundo, para fazer parte de cada novo recém-nascido, ficando assim imortalizado.

Curiosidades do Reggae

Que o reggae surgiu na Jamaica todo mundo sabe. O que pouca gente sabe é que esse ritmo na realidade nasceu de uma fusão de alguns outros sons jamaicanos como o Mento, que por sua vez foi originário de misturas das batidas dos tambores escravos e da música popular européia, e de canções inglesas que foram se unindo evoluindo através dos tempos. Uma curiosidade do Mento eram os instrumentos utilizados, como flautas e saxofones, feitos de bambu.
Juntamente com a libertação da Jamaica, que deixou de ser colônia inglesa no início dos anos 60, surgia o Ska. Naquela época borbulhavam talentos pelos guetos jamaicanos, o Mento foi se modificando e coletivamente foi originando esse novo ritmo que não demorou muito para contagiar a ilha toda. Ainda se tem dúvida sobre a origem do nome Ska. Uns dizem que vem do som das guitarras conhecida também como tchaka-tchaka, outros dizem que vem da gíria de rua skavoovie, uma interjeição de aprovação.
As batidas aceleradas do Ska soavam em toda ilha, eis que um cantor, Hopeton Lewis, pediu para os músicos desacelerarem um pouco a música para que ele encaixasse uma letra e pronto, surgia o Rocksteady que dominou a Jamaica de 66 a 68 e talvez por causa do nome que se assemelha com Rock n' Roll não tenha vingado. A verdade que o Rocksteady foi o primeiro formato do Reggae que hoje conhecemos.
Daí pra frente o reggae evoluiu e se tornou cultura mundial. Suas mensagens atravessarão gerações e provavelmente serão eternas. Os rastafaris plantaram a semente do reggae, que cresceu, criou folhas e gerou frutos. Esses frutos alimentaram aquela ilha da América Central e a brisa fez o papel de semear o resto do mundo.


 O pai de Bob Marley era inglês, branco e militar, de 50 anos e se chamava Norval Marley. A mãe de Bob, Cedella Booker, tinha apenas 18 anos. O pai abandonou-o um dia após o casamento. O avô materno, Omeriah Malcolm, era uma espécie de curandeiro ou feiticeiro que afastava o mal. Bob morou na favela de Kingston, e sua mãe mesmo sendo empregada doméstica pagou escola particular para o filho. Na primeira profissão como aprendiz de soldador, Bob se queimou com o maçarico e abandonou a carreira. No final de 1966, imperador da Etiópia, Ras Tafari Makonem visitou a Jamaica e foi recebido por cerca de cem mil fiéis que vieram de toda a ilha para reverenciá-lo. Bob se converte ao rastafarianismo e a religião faz a cabeça de todos os jovens do gueto. O som dos tambores escravos que influenciaram as batidas do reggae, provavelmente soaram em alguns quilombos brasileiros, pois, nação Nagô e Yorubá também fizeram parte do tráfico negreiro jamaicano.

Filosofia Rastafari – Tem objeções a escovamento e corte de cabelo, tatuagens e cortes de carne. São vegetarianos. Respeitam todas as religiões e doutrinas, mas só louvam a Rastafari. Buscam a irmandade da humanidade através do amor. Ódio, ciúmes, inveja, engano, fraude traição são sentimentos abolidos dos Rastafaris. Não aprovam os prazeres da vida moderna. Estendem a mão a qualquer irmão, mas, primeiramente para os Rastafaris. São aderentes da antiga Lei da Etiópia. As bebidas são, preferentemente, chá de ervas. Ao contrário de que muitos jovens pensam, a maconha não é utilizada por todos os Rastas e os que a utilizam visam a purificação e limpeza e os rituais são controlados. Nunca utilizam maconha por diversão ou prazer.

 Acho que se Bob Marley pudesse pedir um presente pro povo brasileiro, pediria para que purificássemos a mente de nossos jovens e de certas bandas que sabotam o verdadeiro estilo regueiro. Que Jah olhe por nós!!!