segunda-feira, 11 de julho de 2011

Origem do Nome Rastafari

Um Jamaicano de nome Marcus Garvey, descendente de Maroons (um quilombo bem sucedido, formado por escravos fugitivos que resistiram durante mais de 80 anos ao exército Inglês e tornaram-se independentes do governo colonial), se tornou famoso como líder do movimento negro nos EUA e na Jamaica no inicio do século e protagonizou um dos capítulos mais decisivos da história dos rastafari.

Marcus Garvey criou: a "Universal Negro Improvement Association", o jornal "Negro World" e a companhia "Black Star Line" ( esta última  tinha como objetivo viabilizar o retorno dos negros ao continente Africano), além de ter influenciado também os movimentos que libertaram a África do dominio colonial Europeu.

Ganhou fama de profeta, pois as suas ideias tinham como adeptos os líderes religiosos da Jamaica. Numa das suas últimas profecias, previa-se que um Rei Negro seria o líder que conduziria os negros do mundo inteiro à redenção. Quando, em 1930, Ras Tafari Makonnen foi proclamado Rei da Etiópia, adotando o nome de Haile Selassie I, "Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Sua Majestade Imperial, Leão Conquistador da Tribo de Judah, Eleito de Deus", os líderes religiosos da Jamaica reconheceram nele o Rei Negro, de quem o profeta havia falado.

Desde então, os pregadores adotaram o nome de Rastafari, e passaram a dirigir as suas preces e a depositar as suas esperanças em Haile Selassie I.

Para os Rastafari, além do que se relaciona com a profecia de Marcus Garvey, o Imperador Haile Selassie I é o Messias profetizado na Bíblia, visto que é um descendente direto de David, vindo da linha de Reis Etiopes que se estendia desde os tempos do Rei Salomão e da Raínha Sheba. Ele é a raíz de David.

Os Rastafari acreditam que Haile Selassie I é um Deus vivo para a raça negra, era o Imperador negro da Etiópia. Eles dizem que as escrituras o profetizaram como aquele que "tem o cabelo como lã e os pés como bronze", e acreditavam também que Selassie era o Jesus de que o Cristianismo falava, e que o homem branco sempre distorceu os fatos para que não acreditassem que Jesus era negro.

Selassie não era um rastafari. Ninguém faz ideia do que ele pensava do assunto. Por isso, é irônico o fato de que, quando um grupo de rastas da Jamaica foi à Etiópia para honrá-lo, um oficial do palácio lhes disse para se retirarem, pois poderiam incomodar o Rei, visto que este era devoto do cristianismo. Em vez de discutirem ou questionarem a respeito, os rastas acreditaram, e acreditam ainda, que pelo fato de o aclamarem Rei, não significava que este soubesse que o era.

Quando Haile Selassie I faleceu, em 27 de agosto de 1975, muitos rastas não acreditaram (pensavam que era um truque da midia para derrubar a sua moral), pois para eles os verdadeiros rastas eram imortais. Para compensar a sua morte, eles acreditavam que os seus átomos se espalharam pelo mundo, para fazer parte de cada novo recém-nascido, ficando assim imortalizado.

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